Influência de crenças e tabus no período puerperal: Atuação do Enfermeiro

05/07/2012 01:30

 Pesquisa descritiva, de delineamento qualitativo, com o objetivo de desvelar a atuação do enfermeiro frente à influência de crenças e tabus relacionadas ao puerpério. Participaram 9 enfermeiros atuantes em uma maternidade pública situada no município de Bauru-SP. A entrevista semi-estruturada foi utilizada para a coleta de dados, e para a análise dos discursos, utilizou-se a proposta por Bardin. O estudo mostrou que o mito da puérpera recusar-se a tomar banho e lavar o cabelo após o parto e durante todo o puerpério prevaleceu; a influência das crenças e tabus merece atenção especial ao oferecer riscos à saúde da puérpera e ou do recém-nascido, e ainda, o método mais utilizado para intervir nas situações onde a influência das crenças e tabus represente riscos, constou do ensino-aprendizagem. Conclui-se que a influência das crenças e tabus no puerpério se faz bem presente, merecendo atenção especial ao representar riscos à saúde da puérpera e do recém-nascido. Em contra partida, as crenças e tabus que não ofertarem riscos à saúde, não devem ser contrariadas, levando-se em consideração que colaboram para o bem-estar da puérpera. O enfermeiro deve dispor da interação e da construção de uma relação de confiança, utilizando-se do processo ensino-aprendizagem para promover o cuidado, além de criar um meio propício à criação de uma “nova cultura”.

Fonte: Revista Nursing